segunda-feira, 6 de junho de 2011

Descuidos da Vida

Lúcia e Paulo, namoravam há 2 anos. Lúcia uma menina de 16 anos, conservadora,  rejeitava a idéia de ter relações com seu namorado antes do casamento, mas seu namorado Paulo anceava pelo dia. Ele tentara convencer Lúcia de muitas maneiras. Um dia Lúcia acabou se rendendo, teve uma relação com Paulo que tanto insistira.
            Um mês após o memorável acontecido, Lúcia se sentia mal, ela sentia que algo diferente estava ocorrendo com seu corpo, seus seios estavam maiores, sua mestruação estava atrasada, sentia enjoos, uma fome fora de série, se sentia muito cansada. Era fato, Lúcia precisaria visitar um médico urgentemente, claro, sem sua mãe saber. Os sintomas eram claros, Lúcia estava grávida. Todos esses anos o seu maior medo era que essa fatalidade acontecesse. E agora? Como comunicaria sua família? E seu namorado, o Paulo? Lúcia estava perdida.
         Logo que suas suspeitas começaram a enlouquecê-la ela foi procurar um ombro amigo. Sua melhor amiga a Júlia, a deu muito apoio, e foi junto com ela ao médico. O exame comprovou as suspeitas de Lúcia. Sim, ela estava mesmo grávida. "Meu Deus, minha vida acabou" esses eram os pensamentos de Lúcia.
                E então depois de muito pensar ela tinha tomado uma decisão, falaria com seu namorado primeiramente, afinal ele iria apoiá-la certo? Errado. Paulo surtou, e a primeira coisa que ele lhe disse foi "Você terá que fazer um aborto, não quero nem posso ter filho" Júlia logo o acusou "A culpa foi toda sua, foi você que me induziu a isso tudo, eu pensava que você tinha usado camisinha." Paulo insistia  severamente na idéia do aborto, Lúcia se via numa saia-justa. Como ela poderia matar alguém que não teve culpa nenhuma no cartório? Era apenas um ser indefeso que se desenvolvia em sua barriga, um ser que poderia ser amado, mas ela também pensava que não poderia criar uma criança na sua idade, ela decidiu ceder à idéia de aborto. A prima de Paulo conhecia uma clínica de aborto e passara o indereço para ele.
          Chegando à clínica, Lúcia achou o lugar horrível, como poderia estar pensando em fazer aquilo? Era uma clínica clandestina, não tinha nenhum preparo para fazer uma operação de risco, sem condições Lúcia faria aquele aborto. Ela saiu correndo do lugar em direção a um táxi.
          Lúcia chegou em casa aos prantos, estava desolada, sua mãe a perguntou o que estava acontecendo, Lúcia contou toda a história a sua mãe. A mãe de Lúcia apenas a abraçou, confortando-a. Ela sentiu que sua filha estava passando um momento muito difícil, não era a hora de dar o sermão que Lúcia merecia ouvir.
          Os meses se passavam, Lúcia sentia que sua família estava muito  desapontada com ela. principalmente sua mãe, mas mesmo assim eles não a desampararam.
        Nove meses se passaram, chegara o dia. Lúcia já estava preparada, faria parto normal. As horas se passavam lentamente, a mãe de lúcia esperava a filha e sua netinha apreensiva na sala de espera, até que o médico vem avisá-la que nasceu.
       Lúcia olhava para o seu bebê, era uma linda menina, era perfeita, como ela poderia ter pensado em abortar aquele bebê perfeito?  Sua menina se chamará Alice  e será amada e cuidada com todo o carinho por todos. 
                                                                                     Luiza Sacramento - 900
                                                                                                                     

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